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O que fazer quando um familiar deixa de conduzir com segurança?

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É uma questão de grande importância saber o que fazer quando um familiar deixa de conduzir com segurança. Conduzir significa independência e controle da própria vida, e por essa razão qualquer pessoa pode sentir-se ofendida e atingida na sua autoestima se lhe pedirem para parar.

É um facto que muitas pessoas com 65 ou mais anos conduzem de forma segura, mas também é uma realidade que com o envelhecimento podem surgir naturalmente alterações na visão, audição, rapidez de movimentos, e em situações excecionais (envelhecimento patológico) alterações neurológicas e sintomas de demência. É importante ter conhecimentos sobre alterações que podem ocorrer e tornar a condução arriscada.

Sinais que podem indiciar a necessidade de parar de conduzir:

·       Riscos e pequenas amolgadelas no carro e multas de trânsito

Têm acontecido pequenos acidentes no carro, no muro ou na porta da garagem? O valor do seguro automóvel subiu ou existem multas de trânsito?

·       Mudanças na forma de conduzir

São sinais de alerta alterações na condução como por exemplo não parar em cruzamentos, mudar de via sem olhar pelo retrovisor, ou deixar de colocar o cinto de segurança.

·       Perdas significativas de visão

Ver bem é essencial para a condução segura. Problemas de visão como a degeneração macular (redução de detalhes, visão embaçada ou distorção de imagem) ou glaucoma (pressão intraocular elevada que deteriora o nervo ótico e o campo visual) significam perigo na condução.

·       Conduzir tornou-se stressante, confuso ou cansativo

São sinais de alerta perder-se em zonas conhecidas, ter dificuldade em manobrar o carro, não ter consciência ou não ver sinais de trânsito, confundir os pedais do carro, não conseguir lidar com distrações, responder com lentidão a situações inesperadas, zangar-se sem motivo aparente enquanto conduz (alterações de comportamento).

·       Dificuldade em conduzir à noite

Se a pessoa se tornar relutante em conduzir à noite, é sinal para prestar atenção às habilidades gerais de condução.



Quatro sugestões para convencer uma pessoa a parar de conduzir

·       Faça discretamente uma lista de observações

A primeira coisa a fazer é criar uma lista de motivos que fundamentem a necessidade de a pessoa parar de conduzir. Os sinais de condução insegura que forem detetados devem ser motivo de conversa com tato, ou seja, sem confrontação. O objetivo não é discutir ou forçar, mas sim explicar que está preocupado com a sua segurança e com a dos outros.

·       Sugira opções alternativas de transporte

É importante que a pessoa mantenha relações sociais para prevenir efeitos negativos do isolamento. Uma forma de reduzir a resistência ao abandono da condução é criar uma lista de possibilidades alternativas de transporte.

·       Aborde o assunto com sensibilidade e consciência da importância do tema

Dialogue com sensibilidade e tato. Não acuse de ser mau condutor e concentre-se na argumentação baseada nas condições de saúde que tornam a condução insegura sem pressionar.

·       Seja compreensivo e dê tempo para as mudanças serem aceites

Parar de conduzir pode afetar a qualidade de vida. Dê tempo para aceitar as mudanças.


E o que fazer se a pessoa se recusar a parar de conduzir?

E se a pessoa se recusar a parar de conduzir mesmo depois de conversas com provas de que não é um condutor seguro, e com a apresentação de soluções alternativas de transporte? As sugestões de último recurso que se seguem não devem provocar um sentimento de culpa ao cuidador, porque ele está a tentar proteger a segurança do seu familiar e a de outras pessoas.

·       Fale sobre as suas preocupações com o médico de família, de forma a avaliar a possibilidade de fazer uma comunicação á autoridade rodoviária.

·       Caso a pessoa tenha problemas de memória, uma possível estratégia é esconder o carro e todos os objetos que possam fazer lembrar a condução.  Ao mesmo tempo, utilize estratégias de distração até o tema estar completamente esquecido. É importante que se evitem discussões. Em caso de demência a pessoa doente pode ter comportamentos irracionais e insistir na vontade de conduzir.

·       Outra estratégia é esconder as chaves do carro e fingir que as perdeu. Diga que vai arranjar um novo jogo de chaves, mas que vai demorar tempo.

·       Outra possibilidade é simular que o automóvel está na oficina devido a uma grande avaria, e que vai levar muito tempo a arranjar porque a peça avariada foi encomendada e não chegou, o arranjo custa mais que o valor do carro, ou o mecânico diz que não vale a pena arranjar o carro.

·       Outra estratégia é desligar a bateria do carro e simular uma avaria.

·       Simular que vendeu o carro. Esconda o automóvel e crie a justificação da necessidade de venda porque precisa de dinheiro para resolver uma situação financeira imprevista.


Fonte:

http://dailycaring.com/8-ways-to-stop-an-elderly-person-from-driving-when-all-else-fails/

http://dailycaring.com/7-warning-signs-how-to-know-when-your-parents-should-stop-driving/

http://dailycaring.com/4-tips-to-get-an-elderly-person-to-stop-driving/

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